Os exames médicos são os primeiros passos para o retorno aos treinos nas academias, que voltaram a abrir após o avanço da região de Campinas no Plano São Paulo. A preocupação com a saúde cardiovascular é essencial e necessária.
O alerta é do médico coordenador da UTI Cardiológica do Hospital Vera Cruz, Rafael Gavinhos, que lembra que os praticantes de exercícios físicos que ficaram parados durante a pandemia não devem se cobrar para voltar ao ritmo anterior.
“Pra evitar lesões, complicações cardiovasculares, arritmias e crises hipertensivas a gente indica que se retorne às atividades com o desempenho abaixo, entre 50% e 60% do que era feito inicialmente”, detalha o especialista.
A intenção é que o rendimento seja feito dentro da limitação apontada na reavaliação. A evolução gradativa da frequência e da intensidade das repetições, ainda de acordo com Gavinhos, deve girar entre 10% e 15% semanalmente.
Ele também lembra que o uso de máscaras durante a prática da atividade física é obrigatória nos estabelecimentos, mas descarta que a proteção contra o coronavírus possa causar qualquer problema à saúde ou atrapalhar os treinos.
“Já foi provado em pequenos estudos que ela não traz nenhuma complicação de saúde, mas realmente apenas um desconforto. E é importante que a máscara seja trocada com frequência por conta da umidificação do acessório”, diz.
De acordo com a Associação Brasileira de Academias, a Região Metropolitana de Campinas tem 414 estabelecimentos funcionando atualmente. Todas elas devem seguir as regras e protocolos determinados na fase amarela de reabertura.
Os locais precisam respeitar o limite de 40% da capacidade de funcionamento, com horário limitado a seis horas diárias, sem ambiente de espera ou fila. Com isso, as aulas precisam ser agendadas para evitar aglomerações e lotação.
