Campinas completa nesta quarta-feira, 23, seis meses da decretação da quarentena no município. Em 180 dias, a metrópole, com cerca de 1,2 milhão de habitantes, já registrou quase 1,2 mil mortes pelo novo coronavírus. Em 23 de junho, três meses de quarentena, eram 236 mortes.
Ao todo, 32 mil pessoas foram infectadas pelo vírus e 30,2 mil se recuperaram da doença. Outros 63,4 mil casos acabaram sendo descartados para a Covid-19.
Agora, porém, apesar do avanço do município nas fases do plano São Paulo de retomada das atividades comerciais com um grau menor de restrições, o município atravessa um período que pode determinar o rumo das atividades para os próximos meses.
Isso porque, depois de 14 semanas epidemiológicas, Campinas contabilizou uma com menos de mil casos confirmados. Foi entre os dias 06 e 12 de setembro, com 832 confirmações. Na última semana, porém, os casos voltaram a subir e chegaram a 1329.
O próprio secretário municipal de Saúde, Cármino de Souza, fez um alerta para o aumento na transmissão da covid-19 na cidade. Segundo ele, a contaminação pelo vírus voltou a crescer, inclusive o índice de contágio voltou a ficar um pouco acima de um, situação que foi observada nas semanas logo após o feriado de 7 de setembro.
Ainda fazendo uma retrospectiva desses seis meses, Campinas teve o ápice do contágio em meados de julho. Em quatro semanas foram cerca de 10 mil casos. Entre os dias 19/07 e 15/08 foi contabilizada uma média de 2.541 casos a cada sete dias.
O primeiro caso em investigação em Campinas foi em 14 de fevereiro. Já a primeira confirmação da covid-19 no município ocorreu em 13 de março. À época, já tinham outros 35 casos em análise.
A primeira morte pela doença se deu em 28 de março. Seis meses depois são quase 1,2 mil. Tendo como parâmetro a data do óbito do paciente, a semana de 19 a 25 de julho foi a que teve mais mortes: 105. Nos dias 30 de junho, 7 e 17 de julho foram 20 mortes em 24h, os recordes de óbitos pela doença. Um outro dado é que desde o dia 9 de maio, Campinas registra pelo menos um óbito.
Com relação a taxa de ocupação e internados pela doença, os números tiveram picos em julho e agosto passados. O pior dia foi em 6 de julho com 90,23% com a rede municipal toda ocupada. Atualmente, oscila na casa dos 62%.
A quantidade de leitos tem variado ao longo desse período. Em 2 de agosto, haviam 415 somando as redes pública e privada. Em 21 de setembro, eram 287. O número total de pessoas internadas chegou a 470 em 23 de julho. Agora caiu para 306.
Aos poucos a secretaria de saúde equaliza a quantidade de leitos exclusivos para pacientes vítimas da Covid-19 e para outras doenças já que, com a flexibilização maior, os hospitais voltaram a ter uma demanda maior para pacientes com outras enfermidades e emergências.