A ligeira desaceleração no número de casos e óbitos provocados pela Covid-19 em determinadas regiões do país e a evolução da doença em outras continua sendo motivo de preocupação, pois mostra que o platô da pandemia continua alto.
Para o médico sanitarista Edison Bueno, do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, era esperado que com as medidas adotadas para o controle, a redução na incidência fosse maior. Um dos pontos que mais prejudicou a abordagem na pandemia no Brasil, em sua opinião, foi a falta de uma maior integração entre governo federal, estadual e municipal.
A preocupação, segundo ele, é que a manutenção dos números indica que o país vai entrar em uma outra situação por tempo indeterminado de uma doença que pode ser evitada com o uso dos equipamentos de segurança a saúde e principalmente pelo distanciamento entre as pessoas.
Para o Médico Sanitarista da Unicamp, as medidas de flexibilização adotadas devem muito bem pensadas, pois, a transmissão do coronavírus é feita principalmente de uma pessoa pra outra. As medidas que estão sendo adotadas em Campinas para a área da educação, onde a Prefeitura está procurando ouvir os pais dos alunos, é elogiada, porém ele critica a abertura de salas de cinema e outros ambientes. O médico explica que o problema não é as pessoas irem aos locais e sim a aglomeração. Segundo ele, mesmo que seja com limite de 40% de publico, ficar por mais de 15 minutos em área fechada representa alta possibilidade de contágil, pois, todos estão situação de risco ou de adoecer ou de transmitir o vírus.