Para a vice-presidente do Detran São Paulo, Neiva Doretto, a maior cautela das mulheres na condução dos veículos explica a menor porcentagem de motoristas do sexo feminino envolvidas em acidentes, assim como o índice inferior nos resultados de CNHs suspensas em todo o estado.
No caso de colisões, o levantamento do Infosiga São Paulo considera os registros entre janeiro e agosto deste ano e mostra um total 16 vezes menor do que o número de acidentes com homens ao volante. Somente 6,3% das ocorrências oficiais envolveram mulheres na direção de veículos.
“Se existe o preconceito, dados como esse já demonstram claramente que a mulher dirige melhor. São dados. E dados comprovados. Dados que foram colhidos atualmente pelo Infosiga, que acompanha diariamente o comportamento do condutor no trânsito em todo o estado”, opina ela.
Os dados foram divulgados como parte do Outubro Rosa e indicam ainda que a prudência feminina no trânsito pode ser notada também por meio do perfil dos titulares que tiveram as habilitações suspensas no estado. Das 91,5 mil de janeiro a março, 26% pertencem às mulheres.
Por esse motivo, a vice-presidente do Detran paulista, Neiva Doretto, compara os índices com o total de condutoras do sexo feminino no Estado de São Paulo. São cerca de 26 milhões de condutores aptos a dirigir motocicletas, carros e outros veículos. Destes, 40% são mulheres.
“Então, é uma parcela bem significativa diante dos condutores de trânsito nas ruas e avenidas de cidades de todo o território paulista. Juntando-se esses dois dados nós estamos mostrando o quê? Estamos provando que a mulher é mais cautelosa, tanto nos acidentes quanto no cotidiano”, diz.
Em relação ao número de acidentes com vítimas fatais ao longo de oito meses, as mulheres correspondem a 15,5% do total, frente à parcela de 84,5% dos homens. Além disso, na maioria das fatalidades, as mulheres não estavam na direção: 39,4% eram passageiras e 31,9% pedestres.