Dados da ANP, Agencia Nacional do Petróleo revelam que o preço do biodiesel no país disparou 67% em 2020 e a tendência é de novos aumentos. A justificativa é a alta demanda pela soja no mercado internacional.
A soja é a principal matéria prima utilizada na composição do diesel. Por lei, as distribuidoras são obrigadas a adicionar biodiesel ao diesel de petróleo para então vender o produto óleo diesel B aos postos.
Em função da escassez de matéria prima a Agencia reduziu momentaneamente de 12% para 11% o índice de adição. A medida é valida até dezembro.
Para o Presidente do Sindicado do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região, Flávio Campos, diante da situação a redução deveria maior. De acordo com ele, não dá para estimar o quanto o aumento do biodiesel vai interferir no valor do diesel, pois, as compras de biodiesel são realizadas através de leilões bimestrais, organizados pela ANP.
O presidente do Recap, ressalta que a lei obriga a adição do biodiesel e ao mesmo tempo a compra só pode ser feita através de leilão organizado pela ANP o que deixa o mercado sem opção para buscar um preço melhor.
De acordo com o Sindicato, o preço de referência (PMPF) para o cálculo da tributação do óleo diesel B foi elevado em 26 de outubro. Com isso, a partir do dia 1º de novembro, o PMPF do diesel S10 passa de R$ 3,3860 para 3,4166, e o litro do diesel S500 subirá de R$ 3,27 para 3,3163 no Estado de São Paulo.
