O processo da Operação Lava Jato contra o ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) foi transferido de Curitiba/PR para Campinas. Dr. Hélio é acusado de lavagem de dinheiro.
Hélio e outras cinco pessoas se tornaram réus em outubro de 2016. Agora, o processo fica nas mãos da Justiça Eleitoral de Campinas, que deve decidir se segue com a investigação ou arquiva o caso.
O Ministério Público Federal denunciou que a campanha de Dr. Hélio nas eleições de 2004 teria recebido R$ 4,2 milhões vindos de um empréstimo feito pelo Banco Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai, que é denunciado na Lava Jato, mas não é réu neste processo. Segundo o MPF, o empresário obteve esse dinheiro por meio de fraude.
Os R$ 4,2 milhões teriam sido usados pela campanha de Dr. Hélio para pagar dívidas de publicidade para a campanha de 2004, de acordo com o Ministério Público Federal.
Na época da denúncia, o então juiz Sérgio Moro aceitou a denúncia, mas suspendeu o processo até o julgamento de outra ação contra Dr. Hélio.
A defesa do ex-prefeito informou que a transferência do processo para Campinas representa a Constituição Federal sendo cumprida e agora cabe à Justiça Eleitoral de cidade apontar se a doação foi regular ou não.
Dr. Hélio diz ainda que em nenhum momento o nome dele é citado nas tratativas do empréstimo alvo da investigação.