De acordo com os dados da Boa Vista SCPC, o comércio da região sofreu com uma queda de 13,67% no faturamento e de 6,10% no volume de vendas, em 2020, na comparação feita 2019. Em termos monetários a queda no faturamento regional foi de R$ 5 bilhões. Apesar das reduções nos índices o faturamento na RMC foi de R$ 5,9 bilhões, um movimento financeiro que corresponde a 93,90% do faturado em 2019.
Na categoria de Bens não Duráveis, as vendas nas drogarias e farmácias tiveram expansão de 3,5% e o comércio de produtos supermercadistas evoluiu em 14,1%. Já entre os Bens Duráveis o comércio de materiais de construção evoluiu 32,5% e o setor de móveis e de lojas de departamentos cresceu em 5,35%, enquanto o setor de vestuário sofreu redução de 13,5%. A categoria de “Serviços” sofreu redução de 52,2%, destacando-se a queda de 29,5% nos setores de turismo e transportes e o mesmo percentual no setor de bares e restaurantes.
Já em relação a Campinas, a perda foi de cerca de R$ 2 bilhões. A cifra significa uma queda de 13,33%. No quesito volume de vendas a redução chegou a 5,62. Porém, em dezembro houve um aumento de 120% nas vendas do comercio em campinas na comparação feita com o mês anterior.
Segundo o economista, Laerte Martins, da Associação Comercial e Industrial de Campinas, a ACIC, os destaques de dezembro do ano passado foram a queda de 23,41% na contratação de mão de obra temporária para o Natal e a redução de 3,87% no valor médio do presente, que baixou de R$ 310,00 em 2019 para R$ 298,00, em 2020.
Os dados mostram também que as vendas digitais sobre o varejo o (e-commerce), continuaram em expansão e cresceram 52,1%. No ano de 2020 as vendas pela internet somaram R$ 750 milhões, contra R$ 382 milhões em 2019.
Outro destaque foi a inadimplência. Em Campinas, no comparativo dezembro com novembro de 2020, teve uma expansão de 14,34%, e de 100,68% entre dezembro de 2020 e dezembro de 2019. O motivo segundo o economista foi o registro do aumento das vendas a prazo maior do que o pagamento das contas atrasadas. No acumulado do ano o nível da inadimplência elevou-se em 1,95%.