A Região Metropolitana de Campinas perdeu 4.164 postos de trabalho entre janeiro e dezembro de 2020. Foram registradas 357.279 vagas, mas as demissões somaram 361.443 ao longo de 12 meses. O índice de queda foi de 252,19% na comparação com os 2.736 novos empregos durante 2019. As informações são da Acic com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged.
Na avaliação do economista da Associação Comercial e Industrial de Campinas, Laerte Martins, Americana, Valinhos e Campinas se destacam entre os resultados negativos ligados à pandemia. “Tiveram uma perda empregatícia muito elevada né? E isso se demonstra pela ineficiência do que foi gerado durante a pandemia. Principalmente por conta da queda na atividade econômica”, diz.
Em dezembro de 2020, foram eliminados 3.100 postos de trabalho na região, considerando 28.908 admissões e 32.008 demissões. Apenas em Campinas, no mesmo mês, foram eliminadas 918 vagas. Apesar dos índices relacionados à baixa atividade econômica por conta da covid-19 e da continuidade da pandemia, a expectativa do economista da Acic é de que 2021 seja de retomada.
Ele liga a espera por resultados melhores na economia e mais contratações ao avanço das etapas da imunização nas cidades, que atualmente estão priorizando os profissionais de saúde e os idosos. “A implantação da vacina já gera um clima de confiança. Isso vai produzir, consequentemente, uma procura muito melhor do que anteriormente em diversos setores e atividades econômicas”, pontua.
Apesar das perdas, das 20 cidades que formam a RMC, 15 apresentaram variações positivas na relação entre os resultados das contratações e demissões de janeiro a dezembro do ano passado. O melhor índice, de 6,09%, foi de Monte Mor. Em segundo está Nova Odessa, com 4,21%. Já entre as cinco piores, Valinhos teve variação negativa de 6,80%, Campinas, 1,5%, e Americana, 0,68%.
