O setor de supermercados foi fundamental para a macroeconomia brasileira em 2020, por ter sido um dos poucos com permissão de funcionar durante as restrições mais rígidas da fase vermelha do Plano São Paulo, de combate à pandemia. Além disso, este setor, que está entre os que mais empregam no país, precisou criar ainda mais vagas em 2020 para conseguir atender aos protocolos sanitários. Um levantamento da APAS – Associação Paulista de Supermercados – revela que a geração de emprego formal no setor no Estado de São Paulo, em 2020, foi de 18 mil e 700 – número 46,5% maior que 2019.
Esse resultado positivo é o melhor desde 2014, quando o saldo anual foi de 18 mil e 900 empregos. E a expectativa para 2021 é de geração de cerca de 11 mil 500 empregos diretos. Outra expectativa positiva para 2021 é a estabilidade de preços, ao contrário do que ocorreu no ano passado, quando alguns alimentos sofreram altas consecutivas. O Diretor da Regional Campinas da APAS, José Luis Matos, prevê queda na inflação e recuo no câmbio. O crescimento do e-commerce também foi um destaque para o setor em 2020, quando as compras por aplicativo quadriplicaram.
De acordo com José Luís Matos, outra surpresa neste período de pandemia para o setor, foi o número muito baixo de casos de covid-19 em funcionários de supermercados na Região de Campinas. Ele atribui esse dado positivo aos rigorosos protocolos sanitários adotados pelo setor e acredita que muitos destes protocolos deverão continuar mesmo quando a pandemia acabar, como o equipamento de acrílico que protege os operadores de caixa e a desinfecção de carrinho. Reconhecido por ser porta de entrada para muitos primeiros empregos, atualmente 566,9 mil pessoas trabalham em supermercados no Estado de São Paulo.