Mesmo na fase vermelha do Plano São Paulo, que passou a valer em Campinas nesta quarta-feira, após um decreto do prefeito, Dário Saadi, a movimentação nos terminais de ônibus da cidade não mudou. Na manhã desta quarta-feira, o comércio de rua, bares, restaurantes, academias, salões de beleza, escolas e shoppings amanheceram fechados, atendendo as exigências da fase vermelha. Mas, a percepção era de fase Verde no Terminal Metropolitano de Campinas, se forem consideradas a aglomeração e a grande circulação de pessoas.
Apesar do uso de máscara e álcool em gel pelos passageiros, quem chegou por volta de 7h30 de cidade vizinhas, como Sumaré, Hortolândia e Paulínia, para trabalhar em serviços considerados essenciais, como farmácias, óticas e supermercados, ou profissionais autônomos, como diaristas, enfrentou muita aglomeração nos coletivos, como relata a diarista, Lígia da Silva.
Tânia Mara trabalha em serviço essencial e também precisou enfrentar o ônibus lotado. O Terminal Metropolitano de Campinas é administrado pela EMTU, empresa vinculada à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos. O decreto municipal permite apenas o funcionamento de atividades consideradas essenciais por um período de 15 dias, com reavaliação em sete dias. A justificativa da prefeitura é evitar um colapso na rede pública de saúde, já que a ocupação de leitos de UTI no município está em quase 91%.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos informou que está com “Operação Monitorada” desde o início da quarentena, que avalia a operação intermunicipal ininterruptamente, sobretudo em horários de pico, e quando constatada a necessidade, mais veículos ou ajustes nos intervalos de partida são realizados para melhorar a distribuição de passageiros.