O Brasil tem 4.260 crianças esperando por adoção, segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento, vinculado ao Conselho Nacional de Justiça. Ao mesmo tempo, 32.863 pessoas estão interessadas em se tornarem tutores legais.
Mas a intenção de incluir uma criança vulnerável na família está em queda. Mas desde 2020, quando começou a pandemia da covid-19, quase 3 mil pessoas desistiram de tentar adotar.
A questão econômica causada pela crise é um empecilho, mas o juiz da Vara da Infância, Iberê Dias, conta que muitas vezes a adoção não acontece por barreiras impostas pelos próprios interessados, principalmente por não aceitarem crianças maiores.
A seletividade dos futuros pais e mães muitas vezes complica o processo de adoção, que pode levar mais tempo, como explica o juiz.
Algumas pessoas têm receio de adotar uma criança ou adolescente por acreditarem que não têm condições financeiras de criá-la. Segundo o juiz Iberê Dias, essa não é uma exigência obrigatória.
Qualquer pessoa com mais de 18 anos pode fazer uma adoção, desde que tenha 16 de diferença para o adotado. Os interessados respondem a um questionário para encaixar um perfil de criança ou adolescente que será acolhido. Esta semana, no dia 25 de maio, foi celebrado o Dia Nacional da Adoção.