Com expectativa da Pfizer, gestante recusa Coronavac

Foto: Valéria Hein

Com a disponibilidade de vacinas contra a covid-19 se diversificando, começam a ocorrer casos de recusas no momento da vacinação. Um deles ocorreu com uma gestante de Campinas, que agendou a vacinação após ouvir um comunicado do prefeito Dário Saadi de que as doses da Pfizer seriam disponibilizadas. Ao chegar, acompanhada do marido, foram informados pela profissional da saúde que no local estava sendo aplicada a Coronavac e ela se recusou a receber a vacina. Para o marido, que não quis se identificar, é preciso haver mais clareza nesse tipo de informação. “A minha esposa está grávida, e conforme o prefeito disse, as grávidas seriam vacinadas com a Pfizer, chegamos lá e não tinha a da Pfizer”, diz o marido

O fato ocorreu no último dia 7 de junho na unidade de imunização da Casa da Criança Paralítica. Apesar da coronavac ser indicada para as gestantes, a prefeitura informou que a secretaria de saúde de Campinas vai passar a vacinar as grávidas só com a Pfizer, reservando as doses da coronavac para a segunda dose das demais pessoas. O ginecologista e obstetra, André Pampanini Melo, coordenador municipal do Comitê de Mortalidade Materno Infantil e Fetal de Campinas, alerta para a importância da vacinação de mulheres grávidas.

Ao analisar o sistema oficial de notificação, ele relata que houve aumento na mortalidade materna por causa da coivid- 19 no Estado de São Paulo. “Observamos que em 2020 foram 10 mortes maternas por semana e em 2021 foram 38”, explica o médico”.  Melo explica que a gestação induz o organismo a um estado mais suscetível às infecções. ““Estudos apontam que as gestantes apresentam um maior risco de desenvolver casos graves, maior necessidade de UTI e de óbito”. Ele ainda alerta para o risco de partos prematuros em mulheres infectadas com covid-19. “Muitas vezes pela necessidade de antecipação do parto, por causa do sofrimento fetal”.

A coronavac, de origem chinesa, é feita com o vírus inativado e tem A eficácia geral de 50,38%. A vacina da Pfizer tem Tecnologia de RNA-mensageiro e tem eficácia de 95%. Já, a AstraZeneca foi suspensa para as mulheres grávidas, após a notificação do óbito de uma gestante de 35 anos , dias após a aplicação da vacina.

 

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