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Conselho de Saúde denuncia falta de remédios no SUS de Campinas

Foto: Leandro Las Casas

O Conselho Municipal de Saúde de Campinas divulgou um boletim detalhando a falta de medicamentos no SUS de Campinas. Segundo o conselho, raramente a lista municipal de medicamentos essenciais está completa. O grupo afirma que dos 279 itens da lista, 47 apresentaram estoque zerado no almoxarifado em 31 de maio deste ano, ou seja, 16,8% do total, um aumento em relação ao verificado em 27 de abril, quando faltavam 37 itens, o equivalente a 13,2% do total.

A presidente do Conselho Municipal de Saúde de Campinas, Nayara Oliveira, afirma que os dados foram fornecidos pela própria secretaria de Saúde, e cita que os medicamentos mais importantes que estão em falta são aqueles de tratamentos que não podem ser interrompidos.” São medicamentos como anti-hipertensivos, antidiabéticos, anticonvulsivantes, medicamentos também para saúde mental, como clonazepam, então são medicamentos estratégicos para o uso diário da população”.

Além dos medicamentos faltantes, há também outros que estão com estoque baixo. Segundo o conselho, cerca de 40 itens apresentaram estoque abaixo de 100 unidades no final do mês de maio, o equivalente a 14,3%.

Nestes casos a orientação é para que os funcionários dos centros de saúde conversem para encontrar alternativas em caso de falta de medicamentos.” Conversem com seus pacientes no sentido até de tentar substituí-los, ou redirecionar a outra unidade onde exista o item, mas esses itens que a gente citou estão faltando de forma geral, infelizmente”.

A Prefeitura de Campinas afirmou por meio de nota que a cesta de Medicamentos do SUS Municipal é uma das mais completas entre as cidades brasileiras, com 157 medicamentos, e que Atualmente, há 39 em falta.

A Prefeitura afirma estar agilizando licitações para restabelecer os estoques com a maior rapidez possível e a reposição de mais da metade dos itens será feita nos próximos 30 dias.

Ainda segundo a administração municipal, nos últimos meses, um dos principais motivos para falta dos itens é a instabilidade do mercado, com escassez de matéria-prima e outros fatores relativos à pandemia. Estes problemas refletem nas licitações, com 75% com poucos interessados e um percentual razoável que, mesmo vencendo a licitação, atrasa a entrega dos medicamentos.

Por fim, a prefeitura ressalta que a falta no almoxarifado ou estoque baixo não significam necessariamente que os medicamentos não estão nos Centros de Saúde, porque já podem ter sido distribuídos.

Para ver se um remédio está disponível em sua unidade, o munícipe pode consultar o endereço: remedios.campinas.sp.gov.br.

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