Junho é o mês de conscientização sobre a Escoliose Idiopática, uma alteração que afeta adolescentes em geral. Trata-se de um desvio de coluna que atinge de 2% a 4% das pessoas com idade entre 10 e 18 anos, com incidência quatro vezes maior em mulheres, ou seja, para cada menino com escoliose há, em média, outras quatro meninas com o problema. Entre 80% e 90% das pessoas afetadas sofrem com o problema desde a adolescência.
O Fisioterapeuta especializado em exercícios científicos específicos para escoliose, Rodrigo Andrade, detalha o problema. “A escoliose é definida como um desvio tridimensional da coluna, ou seja, existe uma alteração na coluna ao observar a pessoa por diversos ângulos, nos três eixos a coluna faz uma alteração”.
A escoliose pode provocar dores, problemas respiratórios e dificuldade em praticar exercícios, gerando até a necessidade de se fazer cirurgias corretivas da coluna. Os pais devem ficar atentos a alguns detalhes, e solicitar que as crianças e adolescentes façam determinados movimentos que permitem auxiliar no diagnóstico do problema. “Primeiro verificar o desnivelamento do ombro, se você encontrar um ombro mais alto que o outro, tem que ficar atento. Outro teste rápido é juntar as mãos e flexionar a coluna para frente, se um lado estiver mais alto que o outro isso tem fortes indícios de ser escoliose”.
Caso haja indício de existir o problema, a recomendação é procurar um médico ou fisioterapeuta e fazer uma radiografia para análise do profissional. Caso seja constatada a escoliose, o paciente será orientado a realizar um tratamento de acordo com a gravidade do problema. “Para curvaturas menores, de 10 a 25 graus, são indicados exercícios específicos; 25 até 50 graus é indicado, além dos exercícios, o uso de colete ortopédico. E para curvaturas acima de 50 graus é indicado a cirurgia para escoliose”.
O fisioterapeuta afirma que caso o tratamento seja feito corretamente o agravamento do problema pode ser evitado, assim como a necessidade de cirurgia.