Começa nesta terça-feira o julgamento do padre Pedro Leandro Ricardo, afastado desde 2019 da Basílica Santo Antônio de Pádua, de Americana. São três dias de audiência, até esta quinta-feira, incluindo as oitivas dos quatro ex-coroinhas que o acusam de abuso sexual.
O procedimento é conduzido pela Vara Criminal de Araras e realizado por videoconferência, por causa da pandemia da covid-19.
Nos três dias, os trabalhos começam às 13h30. Nesta terça, além dos denunciantes, a Justiça também ouve as oito testemunhas de acusação do caso. Nesta quarta, prestam depoimento parte das testemunhas de defesa, e as demais serão ouvidas na quinta-feira, assim como Leandro. Ao todo, são 32 testemunhas elencadas pela defesa no processo.
Os crimes de atentado violento ao pudor teriam ocorrido entre 2002 e 2005, em Araras, e foram denunciados pela Promotoria de Justiça do município. A denúncia aponta que Leandro levou um adolescente à casa paroquial, ofereceu bebida alcoólica e realizou práticas sexuais com o menino de 11 anos. Há também relatos de outros dois casos de abuso aos adolescentes durante viagens de carro.
Leandro sempre negou as acusações. Em paralelo ao processo que corre na Justiça de Araras, o Vaticano também investiga a conduta do padre.
Após as audiências, o juiz responsável, Rafael Pavan de Moraes Figueira, vai analisar os depoimentos e dar a sentença, o que costuma demorar dias ou até semanas.
