Um dos setores mais impactados pela pandemia foi o setor de eventos. Segundo o Sebrae, as medidas de restrição impactaram 98% do segmento, que movimenta mais de R$ 200 bilhões por ano e conta com mais de 560 mil empresas no país. Segundo a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), a paralisação gerou perda de arrecadação de R$ 4,6 bilhões em impostos federais, e mais de 450 mil profissionais ficaram desempregados.
A suspensão dos eventos afetou diversos segmentos relacionados ao setor, como organização e logística, locação de materiais e de imóveis, grupos musicais, segurança, gastronomia, publicidade, beleza, audiovisual, venda e aluguel de trajes, entre outros, conforme explica Washington Pianca Filho, diretor jurídico da Associação Paulista de Profissionais de Eventos (APPE). “São tantos setores que nós temos dentro dos eventos, são tantos profissionais que nós temos envolvidos… o impacto foi exatamente decorrente da não possibilidade da prestação do serviço que é tão importante para esse setor”.
A grande esperança dos empresários e trabalhadores do setor é o avanço da vacinação, permitindo o controle da pandemia e a volta dos eventos. “Com o aumento do número de vacinados e com a realização dos eventos-testes propostos pelo próprio Governo do Estado de São Paulo, nós acreditamos que no final do ano tenhamos uma retomada de diversos segmentos de eventos”
Há uma perspectiva de um boom de eventos quando houver a liberação, já que muitas formaturas e casamentos, por exemplo, ficaram represados. Pianca afirma que isso ajudará parte do setor a recuperar parte do dinheiro perdido, mas ressalta que para alguns os danos são irreversíveis. “Nós acreditamos que em parte seja possível recuperar o dinheiro que foi perdido, mas infelizmente vários profissionais perderam seus produtos e esse prejuízo talvez seja irrecuperável”.
Os eventos com grandes concentrações de pessoas seguem proibidos no estado de São Paulo, e não há uma previsão de quando haverá a liberação.
