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Verticalização do Nova Campinas é progresso, dizem especialistas

Foto: Valéria Hein

A mudança na lei de zoneamento de Campinas no ano passado alterou o potencial construtivo de algumas regiões da cidade, possibilitando a chega de novos investimentos. Uma dessas áreas é o bairro Nova Campinas, que teve a verticalização aprovada e agora poderá contar com edifícios. Um exemplo de obra que está sendo realizada é de uma construtora que lançou em outubro passado um dos primeiros condomínios aprovados dentro da nova lei de zoneamento do local. O terreno possui área total de 3.765 m² e o edifício contará com 23 pavimentos, o mais alto do bairro.

Apesar de ser uma área nobre da cidade, o Nova Campinas era visto por especialistas como atrasado. O bairro era estritamente residencial até meados da década de 90, quando, por vários motivos, as pessoas deixaram de viver no local. Deste modo, a área passou a abrigar comércios e serviços, e passou a ver seus moradores diminuírem a cada ano. E isso trouxe problemas.

O presidente do conselho municipal de desenvolvimento urbano de Campinas, João Verde, afirma que essa falta de moradores locais no Nova Campinas isolou o bairro, trazendo consequências como a falta de segurança, por exemplo. “O Nova Campinas começou a ser um bairro problemático. Os poucos moradores que continuam residindo lá, têm diversos problemas com segurança, porque não têm vizinhos, não têm pessoas, uns vendo pelos outros. E o maior interesse de uma cidade, é termos as atividades todas integradas”

Para o diretor regional do Sinduscon, Márcio Benvenutti, a verticalização do Nova Campinas representa a modernização da cidade, necessário em grandes centros urbanos. Ele explica que a ampliação de oferta de moradias na região, reflete na diminuição do preço de bairros supervalorizados, como o Cambuí, democratizando a oferta de moradias no município. “Hoje, a mudança da lei, onde podemos ter prédios na Nova Campinas, é muito interessante para a cidade. Cria novos polos de verticalização, que é muito importante em qualquer cidade moderna. E também diminui o preço desses bairros supervalorizados, como nesse caso, é o Cambuí”, afirma.

O secretário de planejamento e urbanismo de Campinas, Renato Mesquista, disse que a nova lei de zoneamento busca o aproveitamento dos espaços na região central da cidade, evitando que as pessoas busquem alternativas nas áreas periféricas. “Nossa preocupação também foca o aspecto dos espaços vazios. Ao invés de mandar a cidade lá para a divisa de Valinhos, de Sumaré ou com qualquer outro município, vamos pensar nesses espaços vazios. E nós precisamos entender que socializá-los é mais importante do que jogar a população para distâncias amplas”, disse. A nova lei de zoneamento de Campinas permite o aumento do potencial construtivo de determinadas áreas, mas também alavanca arrecadação com impostos.

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