Depois da reclamação de parte das escolas particulares, a Prefeitura de Campinas recuou e revisou o distanciamento mínimo necessário entre os alunos dentro das salas de aulas, passando de 1,50 metro para um metro de distância. A medida deve ser publicada no Diário Oficial desta sexta-feira.
Em nota oficial, a pasta informou que a medida foi tomada “em razão da melhora na situação epidemiológica verificada nos últimos três dias na cidade”. Apesar disso, ressaltou que a revisão do distanciamento mínimo não impede que as escolas mantenham a distância superior a um metro.
O questionamento sobre o distanciamento mínimo veio à tona depois que um grupo representando escolas particulares se reuniu com o prefeito Dário Saadi para pedir a mudança. Para os representantes, o decreto contrariava a regra do governo estadual e o limite preconizado pela OMS.
Thiara Saragiotto, gestora educacional e representante do sindicato regional das instituições privadas, argumenta que a definição anterior impedia o retorno de 100% dos estudantes por conta da limitação física dos espaços. Agora, comemorou o novo parecer da Vigilância em Saúde.
“Ficamos muito contentes com a notícia de que o prefeito revogou o decreto que tava pedindo 1,5 metro, conforme o Devisa. Mas, após a mobilização de parte da sociedade, conseguimos para atender um número maior de crianças e adolescentes nas escolas de Campinas”, opinou ela.
A volta às aulas está prevista para a próxima semana em todas as escolas públicas e particulares, que poderão funcionar sem o limite de ocupação de alunos. A secretaria municipal de Educação afirmou, no entanto, que, na rede pública, manterá a distância de 1,5 metro nas salas de aula.
