A escassez hídrica presente nas principais bacias de abastecimento no país não deve trazer problemas para o fornecimento de água em Campinas, pelo menos neste momento. A afirmação é do consultor técnico da Sanasa, Paulo Tinel. A falta de chuva e a queda do nível dos reservatórios ligou o alerta de municípios da região, que já preparam planos para a restrição no fornecimento de água.
É o caso de Valinhos, que nesta segunda-feira, 24, decretou a bandeira vermelha do Plano Municipal de Estiagem e Racionamento de Água. Neste primeiro momento, não haverá interferência direta na rotina de distribuição de água no município. Outras cidades da região também sinalizam com a possibilidade de restrição no fornecimento de água, algo que não faz parte da realidade de Campinas, segundo afirmou o consultor técnico da Sanasa, Paulo Tinel. Ele é categórico ao dizer que a situação do município é de tranquilidade. “Se você pegar cidades como Itu, Salto e Cosmópolis, estas poderão sofrer racionamento já. Agora a situação de Campinas para 2021, ela é tranquila. Nós não vamos ter nenhum tipo de restrição de consumo”, garantiu.
Apesar da preocupação com a situação atual do abastecimento, o consultor técnico da Sanasa, Paulo Tinel, afirma que a realidade é diferente daquela vista em 2013, época que precedeu uma das maiores crises hídricas da história de São paulo. Segundo ele, a nova outorga do sistema Cantareira aprovada em 2017, permitiu que o município pudesse captar mais água. “Nós temos que entender o seguinte: há uma diferença em 2013 e 2021. Porque em 15 de junho de 2017 foi aprovada a nova outorga do sistema Cantareira, que garante um mecanismo de proteção para a cidade de Campinas”, explica.
Segundo a Sabesp, o volume do sistema Cantareira, responsável pela maior parte do abastecimento em Campinas, atingiu nesta semana 38% de volume útil.
