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MP apura constrangimento a homem negro em mercado

Reprodução / Google Street View

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) irá apurar o caso do homem negro de 56 anos que foi obrigado por seguranças de um supermercado a tirar parte da roupa ao tentar deixar o estabelecimento, em Limeira, na última sexta-feira (6).

Um inquérito foi instaurado pela pela Promotoria de Justiça de Limeira nesta segunda-feira (9) para apurar os danos moral e social difuso provocados pelo constrangimento sofrido pelo homem. Foi dado prazo de 15 dias para que matriz e filial da empresa esclareçam os fatos, informando os dados dos envolvidos na ocorrência, as providências adotadas, e se há interesse em firmar Termo de Ajustamento de Conduta para reparar os danos morais e sociais difusos gerados à sociedade de consumo e aos direitos humanos.

O homem registrou um boletim de ocorrência no último sábado (7) por constrangimento. A ação foi filmada por testemunhas repercutiu nacionalmente nesta segunda-feira (9). Segundo relato do homem, ele foi até uma unidade de uma rede de atacado para fazer uma pesquisa de preços, e em seguida tentou deixar o local pela entrada, sem passar pelos caixas, já que não havia comprado nada. Porém, ele foi abordado pelos seguranças do estabelecimento, que mandaram ele tirar a camisa sob a alegação que ele teria furtado produtos da loja.

Durante a abordagem o homem estava muito nervoso, e chorando, chegou a gritar para os funcionários: “eu vim aqui pra comprar alguma coisa e me chamam de ladrão”. Por iniciativa própria ele ainda tirou a calça e ficou só de cueca, tirou tudo o que carregava nos bolsos e jogou no chão, para mostrar que não carregava nenhum produto da loja. Em seguida então o homem se vestiu e foi liberado. A Polícia Civil de Limeira está investigando o caso.

Em Nota, a rede atacadista Assaí informou que abriu um processo interno de apuração e manterá contato com o cliente para ouvi-lo sobre o ocorrido. Os funcionários envolvidos na abordagem foram afastados.

A empresa afirma que não adota nem orienta qualquer forma de abordagem constrangedora a clientes, e que tomará todas as providências necessárias assim que a investigação for encerrada. A empresa afirma estar à disposição das autoridades para esclarecimentos.

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