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Ato questiona projeto de duplicação de rodovia

Foto: Guilherme Pierangeli

Moradores de bairros que margeiam a Rodovia Miguel Melhado realizaram um protesto na quarta-feira (25) contra o projeto de duplicação da rodovia, que liga Vinhedo à Viracopos. O protesto não é contra a duplicação em si, mas sim contra a proposta apresentada, conforme relata o comerciante José Santos, que mora há décadas na região. “Estamos sendo contra o que está sendo apresentado, uma divisão de bairro com passagem restrita, e a cobrança é que segundo eles o projeto teve participação dos moradores, e não teve, eles precisam mostrar até onde vai ser atingido, tem casa e morador que vai ser atingido”.

O comerciante Gedeon Cardoso é outro que reclama da falta de clareza e da participação dos moradores no processo. “Nós estamos sem saber de nada, sabemos que terá melhoria, mas queremos saber como ela vai ser, quando vai vir, somos comerciantes há bastante tempo aqui e isso nos preocupa, pois estamos na escuridão, a gente não sabe de nada”.

Outra reclamação é quanto à estrutura dos bairros, como falta de asfalto, creches, a falta de regularização de imóveis, e de um projeto para incentivar a instalação de bancos e supermercados na região. Segundo os moradores, o poder público se preocupa em melhorar a rodovia que corta a região, mas não tem a mesma preocupação com os bairros.

A proposta do Governo do Estado é duplicar 3,2 quilômetros da rodovia, desde o início do perímetro urbano de Campinas até o entroncamento com a Rodovia Santos Dumont, entre os km 87,4 e 90,6. A rodovia é uma das principais vias de acesso ao Aeroporto Internacional de Viracopos. O projeto de duplicação foi anunciado ainda em 2014, durante o governo de Geraldo Alckmin. O investimento previsto é de R$ 135 milhões.

Além da duplicação, as obras previstas englobam também alteamento da pista, implantação de viadutos e passagens de pedestres, além de um trecho de intersecção do anel viário José Roberto Magalhães Teixeira até a Santos Dumont e o acesso a Viracopos.

O governo do Estado publicou no início de agosto o edital de duplicação da Rodovia. O prazo previsto para a abertura das propostas é de 90 a 120 dias, ou seja, entre novembro e o início de dezembro. O cronograma prevê o início das obras já para dezembro deste ano, com prazo de conclusão de 2 anos. A contratação da obra é de responsabilidade do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), órgão estadual que administra a rodovia.

Em nota, o DER esclarece que o projeto de duplicação da rodovia Miguel Melhado Campos (SP-324) não vai separar os bairros da região nem consta o tal muro relatado pela reportagem. As passagens de veículos e pedestres de um lado para o outro da rodovia serão feitas com total segurança através de 4 passagens sob a pista alteada, através de 4 viadutos – e não apenas 1 – em desnível. Tanto não haverá separação dos bairros e terá, sim, uma interligação entre eles com total segurança.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura informou em nota que está desenvolvendo projetos de pavimentação e em busca de recursos para execução das obras em bairros da região do Campo Belo. Alguns bairros receberam asfalto como Jardim Fernanda e Jardim Marisa. Em lazer, foi entregue, recentemente, o Parque Ecológico “Benevenutto Tilli”, no Jardim São Domingos, com lagoa e equipamentos de esportes e lazer. Também foram urbanizadas áreas, com lazer, no Jardim Fernanda, Vila Palmeiras e Jardim Dom Gilberto/Cidade Singer. Um ecoponto foi construído no Jardim Marisa e pode ser utilizado por toda a região. No São Domingos foi entregue a creche Billy Graham, beneficiando mais de 300 crianças de zero a cinco anos de idade. Desde 2015 a região conta com a Administração Regional (AR) 15, que atende a população dos bairros da região do Campo Belo, com serviços de manutenção das vias de terra, com máquinas, limpeza e coleta de descarte, entre outros serviços.  

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