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Onda de calor em agosto é extremamente atípica

Foto: Flávio Botelho

A região de Campinas registrou dias de calor intenso durante pouco mais de uma semana, e a falta de chuvas piorou a situação, já que a umidade relativa do ar atingiu níveis preocupantes. Na quarta-feira (25) a Estação Ciiagro/IAC Campinas Região Norte registrou temperatura máxima de quase 34 graus, e umidade relativa do ar mínima de 11,5%. Na quinta-feira a máxima chegou a 32,5 graus, e a umidade mínima registrada foi de 14,3%.

Esses índices de umidade deixaram Campinas em estado de atenção, alerta e emergência. O boletim de Estado de Atenção é emitido pela Defesa Civil quando a umidade relativa do ar fica abaixo 30%, enquanto abaixo de 20% é considerado estado de alerta, e abaixo de 12% estado de emergência.

O meteorologista Bruno Kabke Bainy, do Cepagri da Unicamp, afirma que essas altas temperaturas no mês de agosto na região são extremamente atípicas, e estão entre as maiores já registradas para um mês de agosto pelo Cepagri. “O que explica isso é essa massa de ar de origem continental quente e secas atuando como um bloqueio atmosférico em boa parte do centro e sudeste do país, e com isso a temperatura vai subindo e a umidade relativa do ar vai caindo”.

Mas se todo este calor é bom ou ruim, aí depende do ponto de vista. Fátima Lopes tem uma banca de venda de alimentos no Centro de Campinas, e afirma que o tempo quente é positivo, pois ajuda a alavancar a venda de determinados itens, como água de coco e caldo de cana. “Aumenta bastante a venda, é ótimo, aumenta o movimento, vendo mais água de coco e caldo de cana, e tá muito bom”. Já Gustavo Matias trabalha fritando pastéis em uma barraca próxima à banca de Fátima, e afirma preferir trabalhar no frio. “Trabalhar fritando nesse calor é horrível, eu prefiro fritar no frio que no calor que estamos hoje, bem melhor trabalhar na temperatura baixa do que na alta”.

A perspectiva é que o calor diminua nos próximos dias, com as temperaturas máximas se mantendo entre 20 e 30 graus. Porém, a estiagem poderá manter a umidade relativa do ar baixa, e por isso é necessário tomar cuidados como beber bastante água, evitar exercícios físicos ao ar livre entre 10 e 16 horas; evitar aglomerações, usar soro fisiológico para limpar e hidratar olhos e narinas, e umidificar os ambientes.

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