A Indústria da região registrou em agosto novas altas na importação e na exportação no comparativo com o mesmo mês no ano passado. Nas exportações a alta foi de 31,7%, levando o crescimento acumulado do ano a 12,5% entre janeiro e agosto, no comparativo com o mesmo período do ano anterior. Já as importações cresceram 29,6%, e o acumulado do ano chegou a 18,9%.
Tanto as importações quanto exportações iniciaram o ano em queda, mas isso foi revertido ao longo dos meses e o percentual de alta segue crescendo a cada mês. Os dados foram informados pela regional de Campinas do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Em coletiva de imprensa, o vice-diretor da regional, José Henrique Corrêa, comentou sobre o impacto na indústria da região de dois dos principais assuntos relacionados à economia no momento.
Um deles é a possibilidade de calotes da gigante chinesa do setor da construção civil, Evergrande. “Não nos atinge diretamente, mas indiretamente pode haver uma consequência, não é o impacto da crise de 2008 nos Estados Unidos, mas é um impacto que pode deixar sequela”. analisa Corrêa.
O outro tema comentado por Corrêa é uma nova possível crise hídrica no estado. Ele afirma não ser possível prever quando poderá haver um impacto direto. “Previsão a gente não tem, mas as empresas, todo mundo tem de fazer sua parte e economizar água e luz, a questão hídrica passa pela criação de novos reservatórios, isso é fundamental”.
Na Sondagem Industrial Mensal, pesquisa realizada pelo Ciesp junto às Indústrias com alguns questionamentos, 35% das indústrias relataram que teriam muito impacto em caso de uma nova crise hídrica, 30% responderam que teriam um impacto regular, outros 30% afirmaram que teriam pouco impacto, e 5% nenhum impacto.
Quanto ao nível de produção, 48% das indústrias relataram estabilidade na produção em agosto, enquanto 43% relataram aumento, e 9% queda. Em relação ao custo de produção, 63% responderam terem tido aumento, 37% indicaram estabilidade, e nenhuma empresa disse ter registrado redução. Sobre investimentos nos próximos 12 meses, 35% indicaram que irão ampliar o número de máquinas, 30% indicaram que irão atualizar o maquinário já existente, e 35% responderam que não irão investir.
