A história do Centro de Campinas não se baseia somente nas estruturas físicas, como edifícios e demais construções, mas também nas histórias das pessoas.
Essa é a visão do Professor da PUC-Campinas, Lindener Pareto Junior, Doutor em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo. Tendo isso em mente, ele defende investimentos na região central, para que ela passe a ser mais atrativa para a população.
“Precisa de investimento e políticas públicas que façam uma reforma que seja interessante para todo mundo, principalmente para quem mora e vive no centro e também passa por lá o dia inteiro”.
O professor destaca que o passado permanece ativo em nosso presente, e que a cidade tem de ser pensada para que esse passado seja preservado, e conciliado com a modernidade.
“O passado não é algo que está lá atrás enterrado, morto mas permanece no presente e daquilo que sobrou materialmente. O Brasil tem uma mania de querer enterrar o passado”.
Pareto Júnior afirma que os países europeus trabalham conciliando passado e modernidade, preservando prédios e momumentos que fazem parte da história, por mais que estejam associados a um passado traumático, como ocorre, por exemplo, na Alemanha.
“O dilema do abandono dos centros urbanos brasileiros tem a ver com a desigualdadae social. Se não tiver o Plano Diretor restringindo algumas construções que acabam com toda a paisagem do local, Paris fez isso. Por que a gente não pdoe fazer, sabe?”
O professor afirma que Campinas precisa preservar os monumentos que fazem parte da historia da cidade, e que haja foco na pluralidade, com esses monumentos representando a diversidade da população, sem que se foque apenas naqueles que contam a história das classes mais altas e politicamente dominantes.
“Então é preciso separar uma verba para preservar, para que ao mesmo tempo a gente tenha um desenvolvimento mas sem abrir mão de um passsado fundamental para a gente poder se entender no presente”.
Pareto Júnior acredita que seja possível fazer isso no país, mas, que diz que isso esteja longe de tornar isso uma realidade, pois é necessário um projeto de longo prazo, sem que ele ele seja impactado por mudanças de mentalidade a cada troca de governo.