O governador de São Paulo, João Doria, reforçou nesta quarta-feira, 08, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, a segurança dos 25 lotes da CoronaVac, que foi interditado pela Anvisa no último sábado. A medida foi adotada porque as doses foram feitas em uma fábrica não certificada pela agência e que, neste caso, é necessário que fosse comprovada a certificação por organismos regulatórios internacionais. Os lotes correspondem a 25 milhões de doses da vacina e a estimativa é de que ao menos 04 milhões já tenham sido aplicadas.
Segundo o governo paulista, não foi registrada nenhuma intercorrência envolvendo pessoas que foram imunizadas com vacina dos lotes suspensos em todo o estado. O governador João Doria reforçou que a CoronaVac é uma vacina eficiente e segura. “São Paulo não registrou nenhuma intercorrência com vacinas da CoronaVac aplicadas de lotes suspensos pela Anvisa. E aqui é uma mensagem tranquilizadora, às pessoas como eu, que tomaram a vacina do Butantan. Uma vacina eficaz e uma vacina segura”, garantiu.
Na segunda-feira, a Anvisa solicitou ao Butantan novos documentos para que pudesse fazer a liberação. O instituto paulista já havia enviado certificados que indicavam as condições sanitárias da fábrica chinesa. O secretário de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, informou que encaminhou todas as solicitações exigidas pela Anvisa para dar celeridade na liberação das doses. “Todos os dados adicionais foram encaminhados hoje pela manhã para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no sentido de dar celeridade a esse processo de análise e liberação dessas doses”, disse.
Vale lembrar que após a interdição dos lotes, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, afirmou que a população pode ficar tranquila em relação à suspensão do uso de lotes da CoronaVac. Segundo ele, não há motivos para colocar em dúvidas a credibilidade da vacina e que a decisão da agência não é nada além de cautela.