Continua sem solução o problema enfrentado pelos moradores próximos ao Ribeirão Anhumas, em Campinas. Desde o início de Junho deste ano um trecho do ribeirão tem apresentado espuma, nas proximidades da rodovia Campinas-Mogi. O problema, que ocorre com frequência, vem se agravando e há pelo menos quatro meses os moradores cobram providências da administração municipal. Além da espuma, há entulho e lixo, além de mau cheiro. Nas proximidades do ribeirão há vegetação nativa, além da fauna e uma mata ciliar preservada. Mas toda essa beleza se contrasta com a água poluída e o lixo que é despejado no local.
A médica Valéria Bomediano classifica como lamentável a situação e cobra uma explicação sobre quem está poluindo o Ribeirão. “Observamos que as águas permanecem turvas e com mal cheiro e ficamos aguardando alguma resposta dos órgãos competentes, mas até agora nada aconteceu. Enquanto isso, o rio permanece nesse estado lamentável, sem sabermos o motivo. De onde vem essa poluição? Quem está lançando esgoto no Ribeirão Anhumas?” Renato Arrigoni conta que o problema ocorre atrás do condomínio Resedás, onde ele mora. “Muito lixo. Temos um espécie de reserva com bastante árvores. É uma pena que esse ribeirão esteja nessa condição. Nem parece água, porque é cinza. Realmente merece uma providencia urgente”.
A Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável informou que atendeu a denúncia de poluição no local, através da Coordenadoria de Fiscalização Ambiental, e realizou vistoria no trecho citado. O resultado do parecer técnico apontou que em alguns pontos havia acentuada turbidez da água, que estava opaca e com coloração cinza-escuro. Em seguida o processo foi enviado à Sanasa para conhecimento e manifestação.
Em nota, a Sanasa informou que o laudo elaborado confirma que a ETE Anhumas atende às normativas da legislação ambiental vigente em seu processo de tratamento. A empresa realiza, com frequência mensal, o monitoramento do esgoto tratado na ETE, bem como no Ribeirão Anhumas em dois pontos próximos à estação.
O efluente tratado na estação possui coloração cinza, porém não significa mau funcionamento da unidade. Esse aspecto do efluente tratado é típico do processo de tratamento biológico anaeróbio da ETE Anhumas.