A Unicamp já contabiliza neste ano um aumento de 20% no número de transplantes realizados, no período de janeiro a agosto. No ano passado, por conta da pandemia de Covid-19, houve queda de 25% na realização desses procedimentos. No Estado, o número de transplantes nesse ano já cresceu 52%, em relação a 2020.
A definição de protocolos de prevenção para as cirurgias, a vacinação e a queda dos indicadores da Covid-19, permitiram a retomada dessas cirurgias.
De acordo com a professora Ilka Boin, coordenadora do transplante hepático na Unicamp, os transplantes gerais cresceram 20%.
“Houve um aumento de 20% nos transplantes realizados pelas equipes de transplante da Unicamp. É uma recuperação que a gente está observando após o pico da pandemia, tendendo à normalização desses números”, diz.
Ela aponta que a recuperação está ocorrendo pelo aumento no número de doadores, queda no número de pacientes com Covid-19 e o retorno de leitos de UTI-Covid para outras patologias em todos os hospitais da região.
“Isso faz com que a gente consiga trabalhar melhor com a transplantação, seja na área da doação, seja na área de transplantar o paciente”, explica.
A retomada dessas cirurgias na Unicamp segue a tendência estadual. De janeiro a agosto de 2021, houve 4.928 transplantes de órgãos e tecidos, contra 3.237 no mesmo período do ano anterior, segundo balanço da Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados da Central de Transplantes. Um aumento de 52%.
A doação de órgãos e tecidos é fundamental para salvar vidas. Atualmente, no Estado, há 13.776 pacientes aguardando um transplante de rim, fígado, coração, pulmão, pâncreas, e de córneas, que tem o maior número em espera: 3.484 pessoas.
A doação deve ser consentida e quem quiser ser doador não precisa mais incluir a informação no RG ou na CNH – basta comunicar a família sobre esse desejo.
No caso dos falecidos, a autorização para doação deve ser dada por familiares com até o 2º grau de parentesco.