As estações do BRT em Campinas ainda sequer entraram em operação, e algumas já apresentam problemas. O mais recente ocorre na estação da Vila Aurocan, que integra o futuro Corredor Perimetral do BRT. Uma rampa que dá acesso da plataforma para a rua José Margarido da Costa, que fica ao lado da estação, mas em um nível mais baixo, apresentou várias rachaduras, e acabou sendo interditada.
Operários da empresa responsável pelas obras tiveram de destruir parte do piso construído na passarela, e agora trabalham para reconstruir o piso.
Procurada pela CBN, a Secretaria Municipal de Infraestrutura afirmou que não há problemas com relação à estrutura das estações do BRT Campinas, e que as obras ainda estão sendo finalizadas e em período de garantia. Sendo assim, qualquer necessidade será reparada pela construtora, se for de sua responsabilidade.
No caso do problema na estação da Vila Aurocan, a pasta afirma que o que ocorreu foi uma infiltração no solo, e que, embora o problema não esteja relacionado às obras, a empresa responsável pelo Lote 1 se dispôs a realizar o conserto. O prazo para finalização é de até 15 dias.
Este é apenas mais um caso de problema em pisos recém-construídos do BRT. Em agosto de 2019 a reportagem da CBN chamou a atenção quanto à fissuras e rachaduras em um trecho do Corredor Campo Grande.
“Alguns dos novos trechos do BRT de Campinas têm chamado a atenção devido a imperfeições no piso de concreto, que ainda não está concluído. As fissuras, que são pequenas rachaduras, podem ser vistas em alguns pontos onde a obra de pavimentação já está concluída. No corredor Campo Grande, por exemplo, uma falha pode ser percebida perto de onde está sendo construída a estação de transferência do Jardim Londres. A fissura no piso tem mais de um metro de comprimento.”
Seis meses depois, em fevereiro de 2020, a reportagem da CBN noticiou a destruição do piso no trecho relatado, e também em outro ponto do Corredor Campo Grande.
“A população, em Campinas, não entende porque o piso já construído em futuras estações do BRT está sendo destruído. A medida acontece na unidade que é erguida na rua Jair Pinto de Moura, na região do Jardim Aurélia. A mesma situação ocorre na estação que é construída na avenida John Boyd Dunlop, no trecho do Jardim Londres.”