O Sistema Cantareira abre o mês de fevereiro com volume de água armazenada de 34,5% da capacidade, percentual que é o maior em quase cinco meses, já que a última vez que o reservatório teve um volume superior foi em 12 de setembro do ano passado. Em 1 de janeiro de 2022 o volume era de 25%, ou seja, ao longo do mês de janeiro houve um crescimento de 9,5 pontos percentuais em relação à capacidade.
A recuperação foi intensificada nos últimos dias, pois em três dias houve crescimento de 3,3 pontos percentuais no volume preenchido. As chuvas de janeiro na área do Cantareira superaram a média histórica em mais de 20%, o que possibilitou uma recuperação mais expressiva.
Apesar disso, a situação ainda exige atenção da população e uso consciente da água, pois o nível atual está abaixo do que o registrado na mesma data nos últimos cinco anos, sendo oito pontos percentuais a menos do que o registrado no ano passado. O último ano com situação pior em 1 de fevereiro foi 2016, quando o estado começava a se recuperar da crise hídrica, e registrou 16,3% da capacidade nesta data.
Nos rios da região também houve um volume expressivo de chuvas em janeiro. Por exemplo, no rio Atibaia, no ponto de captação da Sanasa, em Valinhos, as chuvas ficaram mais de 40% acima da média histórica, e na manhã desta terça-feira a vazão é de mais de 70 m³/s. E com essas vazões expressivas, os rios da região estão recebendo pouca água do Cantareira. Somadas, as vazões liberadas chegam a quase 2 m³/s.
O Sistema Cantareira é responsável pelo abastecimento de parte da Grande São Paulo, e também de cidades que utilizam os rios da Bacia PCJ (caso de vários municípios da região de Campinas) quando os níveis dos rios estão baixos.