O governador de São Paulo, confirmou em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 09, no Palácio dos Bandeirantes, que o estado está planejando a aplicação da 4ª dose da vacina contra a covid-19, na população adulta do estado, com mais de 18 anos. O comitê científico do estado está analisando qual seria o melhor momento que o reforço vacinal fosse aplicado. Na última sexta-feira, 04, o Ministério da Saúde havia divulgado uma nota técnica dizendo que não há dados suficientes para a recomendação da quarta dose da vacina, mas nesta semana, o ministro Marcelo Queiroga disse que a pasta avalia a aplicação do novo reforço, mas que nada ainda está definido.
O governo de São Paulo citou os exemplos de Israel e do Chile, onde a quarta dose já é ministrada como forma de combater a variante ômicron, do coronavírus. O governador João Doria afirmou que São Paulo se prepara para a inevitável aplicação da quarta dose da vacina, independentemente dos posicionamentos do Ministério da Saúde, que em sua ótica, mantém uma postura contrária ao que dita a ciência. “Não é novidade que o Ministério da Saúde tem posições conflitantes. E não é com o governo de São Paulo. É com a ciência, com a medicina, com a saúde e com a vida. Basta você olhar o histórico nesses dois anos de pandemia e você vai ver as circunstâncias que amparam essa afirmativa. Infelizmente. Essa é uma triste realidade”, disse.
O coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes, afirmou que as autoridades de saúde do estado estão com as atenções voltadas ao cronograma atual de vacinação. Ele explica que a necessidade hoje é ampliar a vacinação infantil e também a aplicação da terceira dose de reforço na população adulta do estado. Menezes explica que hoje, nem a metade da população recebeu a dose de reforço e enquanto esse índice não avançar, não se pode colocar a quarta dose num horizonte próximo. “Só faz sentido pensarmos numa quarta dose, na medida em que tivermos uma boa cobertura na dose de reforço. Então eu diria que não é algo que vá começar, mas que está na perspectiva dos próximos meses”, afirma.
Em relação às internações pela covid-19, o governo de São Paulo informou que nos últimos oito dias, houve uma queda importante nos números. A redução chegou a 18%, o que representou a alta de 1560 pessoas que se tratavam da doença. Hoje, a ocupação de UTI no estado é de 70,2%, com 3.804 pacientes internados. Já os leitos de enfermaria são ocupados por 6.125 pessoas.