A secretaria de saúde de Campinas informou o registro de 129 casos de dengue e dois de chikungunya entre os dias 01 de janeiro e 09 de março deste ano. Não houve nenhum registro de zika no município. As três doenças são transmitidas pelo mesmo mosquito e o período em análise é o de maior proliferação da espécie, por causa das chuvas.
As regiões norte e leste da cidade são as que mais têm casos de dengue, com 45 e 33 respectivamente. Na sequência, vem a região sudoeste, com 25, a sul com 22 e a noroeste com quatro. Entre os casos de chikungunya, um, que segue sob investigação, foi registrado na região leste e o outro, o paciente se contaminou em Fortaleza. Não houve óbito por nenhuma das doenças neste ano em Campinas.
Segundo a coordenadora do programa de controle de arboviroses de Campinas, Heloísa Malavasi, as pessoas devem ficar alertas com a possibilidade de uma epidemia de dengue no município. Ela afirma que a sazonalidade da doença sinaliza para um aumento de casos a partir do ano que vem. “Nossa última grande epidemia aconteceu no ano de 2019, foi antes da pandemia. E antes de 2019, a grande epidemia que Campinas teve foi em 2015. E antes de 2015, foi em 2011. Então, historicamente, as epidemias são cíclicas. Elas se repetem, mais ou menos, nesse intervalo de quatro anos”, alerta.
Heloísa Malavasi garantiu que a rede pública de saúde está prepara para atender qualquer intercorrência envolvendo as arboviroses. Nos últimos anos, o poder público investiu muito nos leitos destinados aos pacientes em tratamento da covid-19. Mesmo com esforços dedicados à pandemia, a coordenadora do programa de controle de arboviroses de Campinas afirmou que a rede sempre esteve preparada para atender as demais doenças. “Para o atendimento de dengue, todas as unidades de saúde nossas estão preparadas. A gente tem aí os centros de saúde, que é a unidade básica de saúde, o primeiro atendimento. Para dar uma orientação, observar os sinais de alarme, orientar para a hidratação adequada, porque a hidratação é muito importante. E aí a gente tem a nossa rede de urgência e emergência para os casos mais graves”, disse.
A prefeitura de Campinas informou que mantém um programa de controle e prevenção das arboviroses, mas alerta que cada cidadão deve fazer a sua parte, eliminando os criadouros do mosquito transmissor. Segundo um levantamento feito pelo Departamento de Vigilância em Saúde, 80% dos criadouros estão dentro de casa.