O reajuste de 9,5% nos salários do prefeito Dário Saadi, do vice, Wanderley de Almeida e de todos os secretários de governo, que foi aprovado em segunda discussão pela Câmara de Campinas, não caiu bem entre a população. O texto prevê um aumento de R$ 2.371 para quem recebe o teto do governo municipal, com valor total de R$ 27.336,68.
Todos os moradores de Campinas ouvidos nas ruas pela reportagem da CBN se mostraram contra o aumento, mesmo diante das justificativas dadas pela prefeitura. Para o tosador de cães, Agnaldo Silva, o percentual de 9,5% é alto. “É um absurdo quando aumenta pro assalariado o aumento é de 0,3%, 0,7%, quando é pra quem já ganha suficiente bem aí o aumento é de 10%, o que joga o salário lá pra cima, e enquanto isso muita gente precisando, sem ter o que comer em casa, não é justo”.
Uma das justificativas da prefeitura é que o reajuste permitirá que cerca de 100 médicos façam horas-extras na rede municipal sem ultrapassar o teto de remuneração. O administrador Fernando Eleutério acredita que deveria haver outro mecanismo que permitisse a adequação dos salários dos médicos sem ter de alterar o do prefeito e secretários. “Não, eu entendo que não, se há uma legislação que permite o aumento do prefeito por conta da própria lei, tudo bem, não como justificativa para aumentar médicos que talvez não estejam sendo bem remunerado, não acredito que deva ser essa a forma de aumentar os salários dos médicos”.
Com a aprovação da Câmara, o projeto agora segue para sanção do prefeito Dário Saadi, para então entrar em vigor.