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Chegada do outono gera preocupação com doenças respiratórias sazonais

O outono começou, e com ele vem uma preocupação: As doenças respiratórias sazonais, que são mais comuns durante a estação. É justamente nesta época do ano, em especial nos meses de abril e maio, que normalmente há uma disparada na busca por atendimento de pacientes destas doenças.

Rene Penna Chaves Neto é coordenador do Departamento Científico de Pneumologia da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas, e explica a razão de haver uma maior incidência de doenças respiratórias no outono. “No outono inicia uma queda na temperatura e mudança na umidade do ar, o que interfere de modo significativo nas vias aéreas, portanto as doenças infecciosas virais, e em menor número as infecções bacterianas aumentam sua prevalência, portadores de doenças alérgicas como rinite ou asma também podem ter seus momentos de maior exacerbação esta época”.

O cenário é ainda pior para as crianças. Em vários momentos nos últimos anos hospitais de Campinas tiveram de suspender ou limitar a entrada de novos pacientes nas alas pediátricas devido à superlotação. “As crianças sempre são vítimas dessas infecções, seja por habitar creches ou escolas, com grande aglomeração em espaços fechados. A transmissão por gotículas, ou através das mãos, em contato com as vias aéreas propiciam a transmissão horizontal dessas viroses. Também não podemos esquecer do outro extremo da faixa etária: os idosos são muito suscetíveis a essas infecções”.

O diretor técnico do Hospital Municipal Mário Gatti, Carlos Arca, afirmou na última sexta-feira (18) que a UTI pediátrica do hospital apresentava ocupação acima de 90%, e a enfermaria tinha mais de 60% dos leitos ocupados.

Chaves Neto relata que a vacinação é o melhor meio de prevenção às doenças respiratórias. “A vacinação contra agentes virais e bacterianos é mandatória, principalmente aqueles com maior possibilidade de agravamento durante os episódios, como crianças, idosos, imunocomprometidos e portadores de doenças alérgicas e crônicas das vias aéreas e cardíacas. Cuidados de higiene, como lavar as mãos e não compartilhar objetos de contato próximo ao rosto, são importantes”. Manter os ambientes limpos e arejados, ajustar a umidade do ar, e buscar aproveitar ao máximo a exposição solar nos locais de longa permanência são outras dicas de prevenção dadas pelo médico.

 

 

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