Moradora do Jd. Campos Elíseos instala cacos de vidro na calçada

Foto: Celina Silveira

 

Uma moradora fixou cacos de vidro em um trecho da calçada da Avenida Justiniano de Melo Franco, no Jardim Campos Elíseos, em Campinas.

De acordo com um vizinho que não quis se identificar, a moradora instalou os cacos de vidro para evitar que pessoas em situação de rua durmam no local.

Os cacos de vidro estão em um trecho da calçada que é de responsabilidade de uma empresa que presta serviços de pintura em metal.

O gerente da empresa, Renato Correia, afirma que uma grade que impedia o uso do espaço foi roubada e que a vizinha instalou os cacos de vidro sem informar a empresa.

“Tinha uma grade de proteção ali que foi roubada porque o pessoal está roubando muita coisa aqui perto. Então não tem o que fazer. O que a gente colocar lá vão roubar. Então deixamos aberto porque assim não tem problema nenhum e ninguém vai roubar nada. Por ser uma área pública, [deixar] aberto não tem problema nenhum, mas ela questiona que a segurança dela está em risco”.   

A calçada onde os cacos de vidro estão fixados é caminho de muitas crianças que estudam na Escola Estadual Professor André Fort. Para o morador Júlio Mariano a soma dos fatores pode resultar em um acidente.

“Até uma criança que vier correndo na calçada distraída se ela virar para aquele canto é perigoso ela cair e se machucar. E se machucar feio, né?”

O morador Vitor Garcia diz entender a decisão da vizinha que instalou os cacos de vidro na calçada.

“Não é certo nem errado porque, às vezes, ela morando ali – deve ser sozinha, uma senhora de idade – às vezes um morador desses pula dentro da casa dela. Você não sabe se ele está são ou se não está. Às vezes faz alguma coisa com ela, né? É para a segurança dela, mas não é certo nem errado”.  

De acordo com o delegado da 2ª Delegacia Seccional de Campinas, José Henrique Ventura, a ação da moradora é crime.

“Isso caracteriza até mesmo um crime previsto no artigo 132 do Código Penal que é expor a vida ou a saúde de outro a perigo direto e iminente. Isso tem uma pena prevista de três meses a um ano se o fato não constituir algo mais grave porque isso já é crime e se alguém se machucar ali vai ser apurado também a gravidade da lesão sofrida pela vítima”.

O proprietário da empresa registrou boletim de ocorrência e o caso é investigado pelo 6º Distrito Policial de Campinas.  

A CBN Campinas entrou em contato com a moradora, mas até o fechamento da reportagem não teve retorno.

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