A presença de pessoas em situação de rua nas proximidades do Largo do Pará tem causado transtornos e medo em moradores e comerciantes do local. Eles reclamam principalmente da presença de pessoas que dormem embaixo do viaduto das Avenidas Francisco Glicério com Aquidaban, que contribuem para intensificar a degradação e atrair a criminalidade para o local.
A síndica de um condomínio que fica na Rua Barão de Jaguara, Luzia Helena Ribeiro Pereira, relata roubos de bicicletas em condomínios vizinhos ao dela e o receio de sair às ruas. Ela cobra projetos da prefeitura para tratamento de dependentes químicos e reinserção no mercado de trabalho. Luzia cobra ainda o fim da distribuição de alimentos e ações de voluntários no local, que acabam atraindo ainda mais pessoas em situação de rua, piorando a situação.
O Prefeito de Campinas, Dário Saadi, afirma que vai cobrar do Guarda Municipal a intensificação na fiscalização do local, mas lembra que os projetos cobrados pela moradora já existem, citando como exemplo o Projeto Mão Amiga, que encaminha pessoas em situação de rua para profissionalização, mas lembra que não pode obrigá-los a participar.
Além disso, Dário cita o projeto que propõe regulamentar a ação de voluntários, transferindo a distribuição de alimentos das ruas para locais mais adequados. Ele explica que precisou suspender o projeto por ter sido questionado pelo Ministério Público.
O Ministério Público informou em nota que está cobrando do Município uma adoção de política pública que respeite os princípios e direitos constitucionais. A recomendação para revogar o decreto foi também acompanhada da necessidade de criação de um grupo de trabalho para tal fim. Informou ainda que o MP continuará atuando no procedimento para evitar violação de direitos, considerando todos os envolvidos.