Vereador invade Centro de Saúde do Jd. Satélite Íris 1

Foto: Danilo Braga / Arquivo CBN

Servidores que atendem no Centro de Saúde do Jardim Satélite Íris 1 afirmam que o vereador Edison Ribeiro (União Brasil) agrediu verbalmente a equipe e tentou invadir consultórios de odontologia, ginecologia, pediatria e oftalmologia durante os atendimentos.

A coordenadora da unidade, Ielka Amorim, afirma que o vereador Edison Ribeiro ameaçou pedir a prisão da ginecologista que o impediu de entrar no consultório.

“A nossa ginecologista, na hora que a porta foi aberta, ela tentou fechar e trancar a porta. A fala dela é que ele falou que, se ela insistisse, ele daria voz de prisão para ela” 

O vereador Edison Ribeiro nega que tentou invadir as salas.

“Eu não invadi nada. Eu queria entrar lá dentro e ver. É um direito meu fiscalizar. Disseram que eu entrei, eu tenho filmagens, eu não entrei onde estavam sendo atendidos, não. Simplesmente ela bateu a porta na minha cara” 

O parlamentar afirma que foi ao Centro de Saúde após ser chamado por uma mãe que não conseguiu atendimento para a filha.

De acordo com a coordenação da unidade, os pacientes que chegam ao local passam por uma triagem para que a enfermagem colha as informações e sintomas e determine se o usuário vai passar por atendimento imediato ou agendar uma consulta.

Ielka Amorim afirma que a ação do vereador interrompeu a triagem da criança que ele foi chamado para acompanhar.

“A hora que a auxiliar de enfermagem chamou a mãe para atendimento, a mãe entrou e imediatamente falou: pode entrar, vereador. O vereador adentrou o consultório onde a avaliação da criança ia ser feita e já começou toda a ocorrência”

O secretário municipal de Segurança Cristiano Biggi explica que o vereador pode fiscalizar o atendimento à população desde que não invada espaços privativos.

“O vereador possui a prerrogativa de fiscalizar. Contudo, nesse caso, a Guarda foi acionada em razão de ele ter adentrado em áreas privativas, inclusive, segundo os servidores, onde estava sendo realizada a consulta. Isso é o que vai ser apurado agora pela autoridade policial”

O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Campinas afirmou, em nota, repudia a ação do vereador Edison Ribeiro e que vai tomar as medidas cabíveis para evitar esse tipo de violência. O Sindicato também exige que a Câmara Municipal de Campinas abra um processo contra o parlamentar e diz que não é possível que o Legislativo de Campinas compactue com esse tipo de atitude.

A Secretaria Municipal de Saúde afirmou, em nota, que repudia qualquer ato de violência e se solidariza com os funcionários. A pasta ressalta que as equipes do CS Satélite Íris estão completas e os atendimentos aconteceram normalmente nesta terça-feira (19). Além disso, esclarece que as escalas da rede ficam disponíveis com a coordenação de todas as unidades e que a coordenadora da unidade trabalhava em uma atividade externa no momento do ocorrido.

A nota afirma ainda que a Guarda Municipal esteve no local e que um boletim de ocorrência foi registrado no 11º DP. A Polícia Civil vai investigar o caso.

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