Fundada em 1972, a Replan, a Refinaria da Petrobrás em Paulínia, na região de Campinas, completa 50 anos no próximo dia 12, e como parte das comemorações, um evento voltado à imprensa foi realizado na terça-feira (3). A direção apresentou as instalações, e falou sobre o passado, o presente e o futuro da refinaria. Atualmente a Replan possui capacidade de processar 69 milhões de litros de petróleo por dia, o equivalente a 434 mil barris. Mais de 70% do petróleo processado na refinaria é proveniente do pré-sal.
O Gerente Geral da Replan, Rogério Daisson, lembrou a origem e o objetivo da maior refinaria da Petrobrás no país. “A Replan desde a inauguração teve como objetivo propiciar o desenvolvimento da interiorização do país, então uma refinaria mais para o interior do país, como foco mais na região Centro-Oeste, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, e com isso foi ampliando sua capacidade, e hoje é a maior refinaria que a Petrobras tem, até pros padrões mundiais é considerada uma refinaria de grande porte”.
De acordo com o Plano Estratégico 2022-2026 da Petrobrás, a estatal pretende investir na Replan US$ 500 milhões de dólares até 2025, o equivalente a cerca de R$ 2,5 bilhões de reais. Cerca de 90% deste investimento será voltado para a criação de uma nova unidade de hidro tratamento de diesel, visando atender a demanda por produtos com menores emissões de poluentes e com maior eficiência energética. A unidade produzirá um tipo de Diesel com baixo teor de enxofre, e deverá começar a operar em 2025. “Com isso ela continua tendo um papel relevante na produção de derivados no país, e também por isso a escolha por ela permanecer no portfólio de ativos da companhia”
Daisson cita a permanência da Replan no portfólio da Petrobrás pois a estatal pretende vender sete das atuais 13 refinarias até 2026, ficando com somente cinco unidades, sendo uma no Rio de Janeiro e outras quatro em São Paulo, o que inclui a Replan. A capacidade de produção da estatal cairia pela metade. “Volume de processamento da Petrobrás ficará em torno de 50% do que é hoje, da capacidade de refino atual que é em torno de 2 milhões de barris/dia”.
As vendas de refinarias foram planejadas após uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética, em 2019, que visa uma maior concorrência no setor. Após a resolução, a Petrobras firmou um compromisso sobre a venda das refinarias com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
