Após a deflagração da Operação Lambuja do Gaeco do Ministério Público em Campinas, que apura denúncias de pedidos de propina por parte do presidente da Câmara, vereador Zé Carlos (PSB) a situação política dele se tornou complicada.
Na Câmara, os bastidores estão fervendo, e há quem já trate da sucessão no cargo de presidente do legislativo. Muitos vereadores afirmam que Zé Carlos tem de se afastar do cargo de presidente, porém, ainda não houve um pedido formal em relação a isso.
O professor da Faculdade de Ciências Sociais da PUC Campinas, Vitor Barletta Machado, opina sobre este fato. “Eu acho que de um lado é pra aumentar o desgaste do Zé Carlos, mas também é tentar preservar a instituição, por isso que até o momento, o que você tem escutado dos vereadores é a expectativa que o próprio Zé Carlos se afaste, ou renuncie, enfim”.
Machado afirma que com a investigação prosseguindo, e se houver confirmação das acusações, a situação de Zé Carlos ficará insustentável, ainda mais devido à proximidade dele com a administração municipal. “Fica de fato insustentável para o vereador, o custo político disso não tem como escapar, estamos falando de alguém próximo da gestão, por mais que sejam contratos da Câmara, são aliados, então resvala, tem impacto sim”.
O professor acredita que, diante das acusações, é possível que a Prefeitura se afaste, pelo menos momentanêamente, de Zé Carlos. “Politicamente é um desgaste muito grande, então um caso como esse a movimentação política vai buscar um afastamento, colocar uma barreira para tentar blindar o prefeito, a gestão das acusações que estão aparecendo contra o presidente da Câmara”.
Diante das hipóteses e cenários possíveis, o certo é que as próximas semanas na Câmara prometem ser agitadas.
