Os delegados da Policia Civil que trabalham no caso da morte de Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, o ganhador da Mega-Sena que foi alvo de criminosos em Hortolândia, não deram muitos detalhes sobre o caso para não atrapalhar as investigações, porém ressaltaram que nenhuma hipótese pode ser descartada neste momento.
A Delegada Titular Deic de Piracicaba, Juliana Ricci, afirmou que é cedo para apontar suspeitos. “Nós estamos ainda investigando, e não quero que qualquer fala antecipe um juízo, ou até atrapalhe as investigações, pois é prematuro falar em autoria, estamos com imagens e equipes buscando outras imagens”.
O delegado titular de Hortolândia, João Jorge da Silva, ressaltou que nenhuma hipótese está descartada. “Todas as linhas de investigações estão abertos, no bairro que ele vivia todos sabiam que ele tinha dinheiro, não quanto, mas que era um numerário razoável, todas investigações tão sendo feitas, não é verdade que foi sacado tudo, então é extremamente prematuro afirmarmos alguma coisa neste instante”.
A vítima foi sequestrada ao sair de casa para fazer uma caminhada na manhã de terça-feira (13), e foi encontrada somente no dia seguinte, às margens da Rodovia dos Bandeirantes, na altura do km 104. Jonas tinha sinais de espancamento, e chegou a ser levado ainda com vida para o Hospital Mário Covas, em Hortolândia, mas ele mas não resistiu. Segundo laudo preliminar, a causa da morte foi traumatismo crânio encefálico.
Segundo relatado pela advogada da família à Polícia Civil, a conta bancária de Jonas foi movimentada durante o tempo em que ele ficou sob poder dos criminosos. Foram transferidos R$ 18 mil via pix, e foram realizados dois saques totalizando R$ 2 mil.
Houve ainda uma tentativa de transferência de R$ 3 milhões em contato com a agência bancária via Whatsapp, mas, devido à falta de respostas para alguns questionamentos feitos, o banco não autorizou a transferência.
Jonas ganhou R$ 47 milhões na Mega-Sena em setembro de 2020, com uma aposta feita em uma lotérica de Campinas. Mesmo com o prêmio, a vida dele mudou pouco. Ele deixou o emprego, mas seguiu morando no bairro em que já vivia em Hortolândia, e não deixou de frequentar os locais que tinha costume. Ele mesmo teria contado para alguns moradores do bairro sobre o prêmio, e por isso muitos sabiam da condição financeira dele.
*Atualizado às 15h30