Colecionar figurinhas da Copa é algo que vira mania em todo ano em que há o mundial. Neste ano não é diferente, e mesmo com as figurinhas custando o dobro do que custavam em 2018, muita gente está colecionando, até mesmo pessoas que nem ligam muito para futebol. E o público é bem variado, meninos, meninas, homens e mulheres e também os idosos. Para completar o álbum da Copa do Mundo 2022 é necessário comprar mais de cem pacote de figurinhas, que vem com 5 unidades cada. Cada pacote custa R$ 4.
E quem se dá bem com isso, é claro, é a fabricante das figurinhas e dos álbuns. Mas os revendedores, nas bancas de jornal, também aproveitam as vendas e a movimentação que elas trazem para as bancas. É o que conta Regina Manzoni, proprietária de uma banca na Praça Bento Quirino, no Centro de Campinas. “Essa semana tá meio parada, mas eu vendi bastante, graças a Deus tive uma boa venda, mas sinto que neste ano o pessoal está com mais vontade de fazer, mas este ano a Panini decidiu que a gente tem que pagar antes pra receber a mercadoria, mas antigamente era tudo consignado”. Uma reclamação da Regina é que neste ano muitos estabelecimentos estão vendendo as figurinhas, não apenas as bancas, mas até lojas de departamentos, redes de lanchonetes, lojas de conveniência, enfim, a concorrência está maior.
Gustavo Toledo é responsável por uma banca no Largo do Rosário, e disse basicamente a mesma coisa que a Dona Regina, que as vendas começaram muito bem, mas agora tiveram uma redução no ritmo. “Já foi melhor, hoje ainda está vendendo mas em menor quantidade, quando lançou estava uma loucura, agora deu uma caída”. Segundo ele, a margem de lucro é de 25% para cada pacote.
Um levantamento da empresa de pagamentos eletrônicos Cielo aponta que as vendas nas bancas chegaram a crescer 347% na semana seguinte ao lançamento do álbum e das figurinhas, o que ocorreu na segunda quinzena de agosto. Isso na comparação com o mesmo período um ano antes. E as vendas continuaram fortes nas semanas seguintes, foram diminuindo gradativamente, conforme explicaram os proprietários de bancas, variando de 262% a 125% no comparativo com a mesma semana um ano antes.
