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Novos radares não têm data para entrar em funcionamento

Foto: Emdec

Os novos radares que irão monitorar o trânsito de Campinas estão sendo instalados desde agosto, mas até agora não entraram em operação. E não há previsão para que isso ocorra. Segundo o edital, os novos radares deveriam começar a funcionar em até 40 dias após a assinatura da ordem de serviço, o que se deu em 11 de julho.

Quatro dias antes, em 7 de julho, a prefeitura de Campinas assinou contratos que totalizam R$ 35 milhões com os dois consórcios que serão responsáveis pela operação de 144 radares de fiscalização de trânsito na cidade. São 18 radares em novos locais, além da substituição dos 126 já existentes.

A instalação de mais radares não agradou os motoristas e motociclistas de Campinas. Wendell Rodrigues trabalha com motofretes, e afirma que antes da instalação de radares, deveria haver uma preocupação maior com as vias da cidade. “Começar a tampar os buracos das ruas que estão acabando com nossas motos ao invés de colocar novos radares, a manutenção de moto, pneu vive furando na rua com esses buracos, e eles querem colocar mais radares”.

A Emdec já aplicou entre janeiro e agosto mais de 380 mil multas na cidade, aplicadas tanto por agentes quanto por meio dos radares. O engenheiro mecânico Eduardo da Cunha também criticou os novos radares, mas acha necessário que eles existam em determinados locais. “Sou contra, isso é para oprimir, em alguns locais, mapeados por estatísticas, em que há acidente por excesso de velocidade é correto”

Segundo a Emdec, os novos radares funcionarão em locais onde foram registrados mais de 50 acidentes com mortes entre 2018 e 2021, como nas avenidas John Boyd Dunlop, Amoreiras, Ruy Rodrigues, Camucim e Piracicaba.

Enquanto os novos radares não entram em operação, os radares antigos seguem funcionando. O contrato com o consórcio que gere os 216 equipamentos foi renovado em junho por um período de seis meses, pelo valor de R$ 3,2 milhões. À época, a Emdec justificou a prorrogação pela transição do consórcio atual pelos consórcios responsáveis pelos novos radares.

Em nota, a Emdec informou que o atraso na instalação dos equipamentos aconteceu por problemas na distribuição de componentes eletrônicos, o que foi impactado pela pandemia e pela guerra na Ucrânia, situações que afetaram diretamente o fornecimento de componentes eletrônicos no mercado. A Emdec não estipulou um prazo para o início da operação dos novos radares, mas afirmou que “o compromisso de conclusão das atividades está de acordo com o previsto no contrato”.

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