Residências concentram 80% dos criadouros de dengue em Campinas

O Alerta 37, divulgado nesta terça pela Secretaria Municipal de Saúde, indica alto potencial de transmissão da dengue em cinco bairros da região noroeste de Campinas. O Programa de Controle de Arboviroses destaca que quatro de cada cinco criadouros do Aedes aegypti estão dentro de residências, em vasos, calhas e caixas d’água.
Foto: Arquivo/ CBN Campinas

O painel de monitoramento do Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas (Devisa) aponta que Campinas fechou 2022 com 11.230 casos e quatro mortes por dengue, com 1,9% dos casos com necessidade de hospitalização. Nesta terça-feira, a Secretaria Municipal de Saúde publicou o Alerta 37, destacando regiões e bairros da cidade com alto risco de transmissão da doença.

Segundo o coordenador do Programa de Arboviroses de Campinas, Fausto de Almeida Marinho Neto, 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti na cidade estão dentro das casas e somente a colaboração da população pode conter os casos, ainda mais em período de chuvas frequentes.

Outra preocupação do Devisa é o número de criadouros que surge em locais que acumulam água com descarte irregular de resíduos. Em quase três anos, foram recolhidas quase 60 mil toneladas de lixo. O coordenador de Arboviroses afirma que existem serviços que recolhem esse material antes que seja jogado em local proibido.

O Alerta 37 indica alto potencial de transmissão da dengue na região noroeste, nos bairros Jardim Lisa, Vila União, Parque Valença I, Residencial Colina das Nascentes e Satélite Íris I. Na região norte, Jardim Aurélia e Vila Padre Anchieta. Na leste, Jardim Conceição. Na sudoeste, Parque das Indústrias, e sul, Jardim Nova América.

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