Os criminosos que foram presos nesta terça-feira (7) em operação coordenada Polícia Federal de Campinas criaram um programa para identificar CPFs aptos a receber o Auxílio Emergencial durante o momento mais crítico da pandemia de Covid-19. De posse desses dados, eles sacavam o dinheiro antes dos beneficiários de direito.
A Polícia Federal de Campinas cumpriu 47 mandados de busca e dois mandados de prisão preventiva contra fraudes no Auxílio Emergencial em 12 estados do país. A estimativa é de que R$ 50 milhões tenham sido desviados.
Foram cumpridos dois mandados de prisão, um em Goiás e outro no Distrito Federal. Segundo a polícia, o grande articulador foi preso em Goiânia, tem aproximadamente 20 anos, e desenvolveu um programa que identificava CPFs que cumpriam os requisitos para receber o auxílio emergencial.
O delegado chefe da polícia federal de Campinas Edson Geraldo de Souza falou sobre estes criminosos.
Com base nessa lista de CPFs outros integrantes da quadrilha falsificavam documentos pra receber o dinheiro como explica o delegado.
A operação desta terça (7) apreendeu 145 CNHs falsificadas, em Sorocaba. Foi autorizado o bloqueio de bens e valores encontrados em nome dos investigados. São 37 investigados e cada um tinha mais 20 contas pra pulverizar o dinheiro.
A investigação começou em agosto de 2020, com base em informação encaminhada pela Caixa Econômica Federal à Policia Federal em Brasília com dados sobre 91 benefícios de Auxílio Emergencial fraudados no valor de R$ 54 mil e desviados para duas contas bancárias de pessoa física e de pessoa jurídica em Indaiatuba. Os dois empresários foram considerados vítimas da quadrilha.
Ao todo, 200 policiais federais participaram da operação, denominada Apateones, que significa fraudadores, em grego. Os dois homens presos iriam passar por audiência de custódia e ficariam a disposição da Justiça.