Os dois responsáveis pela clínica clandestina que foi interditada pela prefeitura de Nova Odessa na última quarta-feira tiveram a liberdade provisória decidida pela Justiça em audiência de custódia.
Porém, os dois vão ter que cumprir algumas regras, como comparecer a todos os atos do processo; proibidos de sair da cidade por mais de 7 dias sem conhecimento da Justiça; “toque de recolher” entre 22h e 6h; e estão proibidos de frequentar outras clínicas de reabilitação.
A operação para fechar a clínica foi feita pela Polícia Civil, e recebeu o nome de Repouso.
Segundo boletim de ocorrência, o local já tinha sido interditado há um mês por possíveis maus-tratos.
A Vigilância apontou uma série de problemas, como ambiente insalubre, falta de água potável e alimentação e que o imóvel estava trancado com cadeados.
O caso foi registrado como cárcere privado, maus-tratos e furto, já que foi apontado que era desviada energia elétrica de uma escola nas proximidades.
Os policiais relataram que para entrar na casa, por estar trancada, foi necessário pedir a chave do cadeado ao responsável.
No interior do imóvel, foram encontradas aproximadamente 23 pessoas em condições descritas como “desumanas e insalubres” no boletim de ocorrência, sem alimentação e com água não-potável, que era consumida por todos através de uma jarra suja e uma única caneca.
O registro policial também aponta que algumas pessoas estavam acamadas sem nenhum profissional acompanhando ou as monitorando.
Conforme o relato, havia pessoas com diversas debilidades como cadeirantes, amputados e pacientes com traumatismo encefálico.
Ainda em vistoria no estabelecimento, a equipe da Polícia Civil encontrou uma instalação de energia elétrica de forma irregular.
A energia era furtada de uma escola municipal vizinha à clínica.