O homem de 26 anos preso por manter uma jovem de 18 anos em cárcere privado e sob agressões por seis dias, em Piracicaba, sabia que ela tinha câncer.
A informação consta na denúncia oferecida contra ele à Justiça pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.
A Promotoria denunciou Aparecido Valdir Guedes Oriani por tentativa de feminicídio, cárcere privado, tortura e manter relação sexual com a vítima quando ela não podia oferecer resistência.
No entanto, a acusação pode mudar porque foi oferecida à Justiça antes de Natalia Cristina Rodrigues da Silva morrer, no último dia 4.
Conforme as investigações, ela ficou em cárcere entre 2 e 8 de março.
De acordo com o promotor Aluisio Antonio Maciel Neto, o rapaz assumiu o risco de causar o resultado, por motivo torpe e cruel e mediante recurso que tornou impossibilitou a defesa da vítima.
A denúncia descreve que a vítima foi torturada com o uso de um cabo de energia, de um pedaço de madeira e um cinto de couro, sendo atingida nos braços, pernas, costas, nádegas e rosto.
A Promotoria também solicitou que o réu seja levado a Júri Popular e pediu o depoimento de 13 pessoas.
Com a morte de Natalia, pode acontecer uma alteração no tipo de crime, se for constatado que o óbito foi causado pelas agressões.
Natália foi resgatada em uma chácara localizada no bairro Dini, no distrito de Artemis, no último dia 8 de março.