Morreu nesta terça-feira a jovem de 18 anos que foi mantida em cárcere privado e sofreu diversas agressões por seis dias, em Piracicaba.
Natalia Cristina Rodrigues da Silva estava no Hospital dos Fornecedores de Cana.
O caso foi descoberto em março. O suspeito pelo crime, companheiro dela, foi preso no dia do resgate.
Na época, o homem foi indiciado por tentativa de feminicídio, violência doméstica, tortura, sequestro e cárcere privado.
O caso foi atendido pela Guarda Civil Municipal, após a vítima ser ouvida pedindo socorro em uma chácara no bairro Dini, no distrito de Artemis.
Equipes do patrulhamento urbano e da Patrulha Rural foram até o local.
No local, os agentes localizaram a vítima e foi acionado o socorro.
Ela foi resgatada pelo Corpo dos Bombeiros e o suspeito tentou fugir pelos fundos da chácara, entrando em uma mata.
Ao ser capturado pelos guardas, confirmou que mantinha a companheira em cárcere porque tinha ciúmes.
O médico legista que atendeu a vítima informou à Polícia Civil que a situação dela já era grave, pois a parte esquerda do corpo estava paralisada.
Ela passou por tomografia e teve uma hemorragia cerebral constatada. Por isso, foi encaminhada para atendimento neurológico.
Também conforme o relato médico à polícia, ela tinha marcas de soco, chute, queimada de cigarro, agressões com fio e cinta, tanto recentes quanto antigas.
A delegada adjunta da Delegacia de Defesa da Mulher, Olívia Fonseca informou que ainda será apurada a causa da morte, já que Natalia tinha câncer em estágio quatro, e a saúde foi ainda mais debilitada por causa das agressões.
Não há informações sobre velório e sepultamento.