Ainda sem a divulgação dos resultados dos laudos feitos no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, das 17 pessoas que podem ter contraído febre maculosa em Campinas, a prefeitura segue fazendo contagem de capivaras nos parques públicos da cidade.
Ao mesmo tempo, a equipe do Departamento de Vigilância em Saúde ainda analisa o plano apresentado pela Fazenda Santa Margarida, em Joaquim Egídio, onde foram confirmadas quatro mortes por maculosa após eventos realizados entre a última semana de maio e a primeira de junho.
O plano foi um pedido do Devisa para que o local de eventos possa retomar as atividades. A suspensão das atividades deve seguir por mais 20 dias, conforme anunciado pela própria Fazenda após a confirmação do surto da doença.
Dos 17 casos suspeitos em análise no Instituto Adolfo Lutz, de seis cidades diferentes do Estado, pelo menos uma das pessoas já teve alta hospitalar. É uma jovem, de Hortolândia, que frequentou um dos eventos na Fazenda.
Enquanto aguarda os resultados e possíveis novas notificações, apesar do prazo de incubação já ter acabado, a prefeitura segue fazendo levantamento de capivaras, principais hospedeiros do carrapato-estrela.
Nesta quinta-feira, técnicos da secretaria do Verde começaram a contagem dos animais no Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, na rodovia Heitor Penteado, com o uso de câmeras térmicas.
O censo das capivaras nos parques vai levantar informações para identificar quais são machos, fêmeas, filhotes, e os que estão em grupos e aqueles que andam sozinhos.
No Parque das Águas, no bairro Parque Jambeiro, foram encontradas cinco capivaras.
A equipe vai voltar ao local, provavelmente à noite e com o uso da câmera térmica, para verificar se houve alteração no número desses animais.
O próximo local onde será feita a contagem é o Parque Ecológico Hermógenes de Freitas Leitão Filho, em Barão Geraldo.
O trabalho deve ser concluído em 15 a 20 dias.
Com este levantamento, será solicitada ao Estado a autorização de manejo desses animais.