Unicamp aprova cotas para pretos e pardos na pós-graduação

Foto: Valéria Hein/ Arquivo CBN

O Conselho Universitário (Consu) da Unicamp aprovou a aplicação de cotas étnico-raciais nos cursos de pós-graduação de todos os institutos da universidade.

A aprovação foi por unanimidade. Os 60 conselheiros presentes votaram a favor da proposta de implantação do sistema.

O percentual mínimo de vagas para o modelo é 25%, mas a meta é que seja alcançado até 37,2%, que é a fatia de moradores autodeclarados pretos e pardos do estado de São Paulo.

Segundo a universidade, todos os programas de pós-graduação devem considerar a nova regra nos próximos processos seletivos. 

A medida significa a institucionalização de uma iniciativa que surgiu pela primeira vez na Universidade em 2015, quando foi aprovada uma política de cotas étnico-raciais para os cursos de pós-graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). 

Ao todo, 11 institutos ou faculdades já possuem o programa. Seis deles que já aplicam e outros cinco com previsão para iniciar nos processos deste ano.

Além disso, nessa mesma reunião, o conselho uma indicação que, segundo a Unicamp, abre a possibilidade de adoção de cotas na pós-graduação para outros grupos sociais. 

Esses grupos ainda não foram detalhados. Porém, de acordo com a universidade, são “aqueles que não apresentam condições de competir em situação de igualdade nos processos seletivos devido a fatores históricos e culturais envolvendo desigualdade e marginalização”.

As cotas, nestes cursos, existem na universidade desde 2019. Com a medida, o número de alunos autodeclarados pretos e pardos cresceu 61,6% entre 2018 e 2022, segundo uma pesquisa realizada em 2022. 

Até o final do ano passado, a Unicamp somava 20,8 mil estudantes, sendo 5,7 mil negros, número que representa 27,7% do total.

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