O Ministério Público notificou a empresa Elektro, responsável pelo fornecimento de energia elétrica em Limeira para prestar informações a respeito da falta de energia registrada nos últimos dias na cidade.
Moradores relataram que ficaram dias sem eletricidade e que isso causou prejuízos e outros transtornos.
Segundo a Promotoria, tanto a concessionária quanto a prefeitura e o Procon foram questionados “a respeito dos fatos e indicassem as providências adotadas para solução da falha na prestação do serviço”.
Além disso, a Promotoria informou que está em andamento, desde 2019, um inquérito para apurar “as causas das inúmeras paralisações e oscilações no fornecimento de energia elétrica aos consumidores da cidade de Limeira”.
Nesse último procedimento, ainda conforme o MP, também é apurado se há prestação de serviço adequado ao pleno atendimento aos usuários, “em atenção às normas e contrato que regem a concessão em questão”.
Sobre a apuração do MP, a Elektro informou que ainda não foi notificada. A concessionária informou que Limeira está com 99,9% de energia reestabelecida e o restante da área de cobertura na região tem 100%.
Segundo a concessionária, em alguns trechos a rede elétrica foi extremamente danificada pelo temporal, e exigiu substituição de postes, cabos e transformadores.
Em alguns casos também foi preciso esperar a retirada de árvores pela Defesa Civil para iniciar os reparos.
A Justiça de Limeira já tinha determinado que a concessionária de energia elétrica retome com urgência o serviço em três locais na cidade, sob pena de R$ 100 mil por hora de descumprimento.
O juiz finalizou determinando a retomada da energia em até uma hora, com multa de R$ 100 mil para a concessionária por hora de descumprimento da decisão, que foi assinada no fim da tarde de domingo.
Nesta terça-feira, uma Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada na Câmara de Vereadores de Limeira ouviu representantes da empresa para buscar explicações sobre as quedas e interrupções de energia.
O superintendente da Elektro se comprometeu a tratar os casos apresentados por moradores durante a reunião pontualmente.
Já em relação ao ocorrido sexta-feira passada, ele relatou que a empresa conta com um sistema de monitoramento do clima, para prever possíveis problemas que afetem a rede elétrica, no entanto, nem mesmo os sistemas climáticos conseguiram prever a velocidade dos ventos nos dias 31 de outubro e 3 de novembro, que acabaram por causar interrupções no fornecimento de energia para uma grande quantidade de clientes. Ele classificou os eventos como extremamente atípicos.
O gerente de operações da companhia explicou aos integrantes da CPI que cerca de 14% da população de Limeira ficou sem energia no dia 3 de novembro.
Ele esclareceu que todas as equipes de manutenção foram acionadas, mas que o restabelecimento da energia segue uma lista de prioridades, na qual primeiro são atendidos hospitais e serviços de saúde, em seguida captação de água, depois grandes blocos de clientes, para alimentar o maior número de pessoas possível, após isso são atendidas as pessoas cadastradas que fazem uso de equipamentos vitais e por fim os blocos menores.
Os representantes pontuaram que até equipes de outro Estado foram acionadas para trabalhar para restabelecer o fornecimento de energia da cidade.
