A ex-candidata a deputada estadual pelo Progressistas, Lucivânia Pinheiro Barbosa, de 44 anos, foi solta nesta segunda-feira após quatro meses presa por envolvimento nos ataques antidemocráticos do dia 8 de janeiro, em Brasília. A acusada é moradora de Campinas e esteve na capital federal no dia em que órgãos públicos como Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal foram vandalizados, registrando nas redes sociais um vídeo de dentro do prédio público durante a invasão.
A decisão de soltar Lucivânia, conhecida como Luh Pinheiro, partiu do ministro do STF, Alexandre de Moraes. Na decisão, o magistrado informou que os investigadores já colheram todas as provas necessárias para o processo, por isso, a prisão da mulher não era mais necessária, mesmo com a discordância da Procuradoria Geral da República.
A liberdade da ativista política, no entanto, é provisória. Lucivânia Pinheiro foi obrigada a entregar o passaporte dela, que foi cancelado, além de perder o direito a usar armas, não poder utilizar redes sociais, comunicar-se com outros envolvidos nos atos de 8 de janeiro e comparecer à Justiça todas as segundas-feiras.
Lucivânia havia sido presa pela Polícia Federal no dia 11 de agosto em Santa Catarina. Há dois anos, em Campinas, a ativista foi acusada de injúria racial contra a vereadora Paolla Miguel (PT) durante uma sessão da Câmara Municipal.